Violência, ninguém aguenta mais


Se existisse justiça no nosso país, esse cidadão, assessor da deputada federal Bia Kicis, já teria sido conduzido à frente do MP, para dar explicações sobre a sua conduta criminosa.

O email que enviei ao gabinete da deputada Bia Kicis, vice-lider do governo, na Câmada dos Deputados.

Bom dia deputada, tudo bem?

Em tempos de internet, instrumento informático que tanto facilitou a comunicação inter-pessoal, à velocidade de um click - o que de certa forma nos impõe uma boa dose de responsabilidade sobre aquilo que escrevemos publicamente - devemos ser muito cautelosos.

Principalmente quando nos encontramos em posição de destaque, numa sociedade problemática e violenta como a nossa, devemos estar muito atentos, pois nossas ações (particularmente, as de um legislador), são formadoras de opinião. Não sabemos, por exemplo, se as nossas idéias, boas ou más, lógicas ou absurdas, inteligentes ou tacanhas, podem estar sendo lidas por desajustados, desequilibrados mentais, pessoas com forte desvio de caráter, que podem considerar o gesto do seu assessor como uma espécie de "normalização do anormal", um salvo-conduto para a prática do bizarro, do surreal, do inadimissível, do incivilizado, e com o seu apoio (o que é bem pior), pois tudo é interpretado como sendo a forma de agir e pensar dentro do seu gabinete.

Como vice-líder do governo na Câmara, não preciso alertá-la que a senhora é, de certa forma, formadora de opinião, e não somente no âmbito dos seus eleitores, haaj vista a posição relevante que ocupa dentro do Congresso Nacional, como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados.

Outrossim, sei que no Brasil, desde à ditadura, matar passou a ser corriqueiro, lugar comum. Os cotidianos veiculam manchetes de filhos que matam pais, que por sua vez assassinam filhos; vizinhos que matam-se uns aos outros por motivos fúteis, notícias de pessoas que nas ruas assassinam umas às outras por causa de discussões banais, motivos fúteis, no trânsito por exemplo, por causa de uma vaga num shopping; e outras manchetes terrificantes em que cidadãos ditos "de bem", por doentio ciúme da filha, assassinam jovens enamorados (o ator), inócuo e indefeso, e toda a sua família. Convém recordar que, na sua função de legisladora, é seu dever zelar pela paz e pela segurança da população, que isso fique bem claro.

A verdade é que a matar, no Brasil, passou a ser "normal". O brasileiro é o que eu chamo de "normopata" pessoa que padece de uma letargia inexplicável, um doentio imobilismo, uma cruel apatia, verdadeiro espasmo psíquico, onde para ela tudo parece aceitável e normal, até a banalização da morte, como a senhora mesmo pode constatar nas manchetes diárias. No Brasil, as pessoas simplesmente não se espantam mais com os homicídios diários, país onde as estatísticas nos mostram que se mata mais do que em todas as guerras em curso.

Dito isso, convém esclarecer que manifestações públicas como as do seu assessor, podem contribuir para evoluir esta doença que já se encontra em estágio bem avançado no nosso país. Imagine, por exemplo que os suplentes de vereadores, deputados (O SEU SUPLENTE, por exemplo) e senadores, acreditando que (induzidos por pessoas que espalham essas asneiras) matar seja corriqueiro e normal, algo aceito por desajustados (sim, tem muitos desajustados, desequilibrados, com um computador e perfil no Facebook, no Twitter e em outros sites de relacionamento), passem a contratar serviços de pistolagem (sim, eles existem e podem ser contratados em diversos bares, às sextas feiras, a partir do final da tarde, e em praças públicas, como as do centro de Cuiabá) para assassinarem seus principais e assumirem seus cargos, bem remunerados e cheios de vantagens,

Imagine que, motivado pela impunidade, ou por interpretar o seu silêncio como concordância, o seu suplente contrate um pistoleiro para assassiná-la (por favor, queira me perdoar, mas é necessário dramatizar para que a senhora desperte para o absurdo que saiu de dentro do seu gabinete) e tomar o seu lugar.
Isso é possível? Sim, é possível. No Brasil de hoje, eu diria até muito provável; certamente não me referindo à senhora especificamente. Pode acontecer com qualquer parlamentar, seja no Congresso, nas Assembléias ou nas mais de 4.000 Câmaras Municipais espalhadas pelo país. Já imaginou?

E isso já está acontecendo em alguns estados, onde políticos são assassinados e os casos são arquivados como "sem solução".O seu assessor (alguém bm próximo da senhora), ao invés de condenar a prática monstruosa, a aberração, a barbárie do homicídio injustificável - a vereadora Marielle, uma mulher como a senhora, alguèem com uma vida para ser vivida, no auge dos seus trinta e poucos anos, estava dentro de um automóvel ... não estava ameaçando alguém com uma arma, a ponto de se justificar a legítima defesa - esse gesto bizarro, inoportuno, surreal, assustador e tenebroso, ainda enaltece a conduta do criminoso, o que faz sem perceber e, provavelmente, por admirar fanaticamente um sujeito inexpressivo que durante quase 30 anos nada fez de consistente e notèavel pelo seu paísNão me interessa minimamente o que esse senhor, seu assessor, pense ou deixe de pensar, a respeito da vereadora assassinada, dos juízes (da juíza que mandava encarcerar milicianos, assassinada no Rio de Janeiro), dos suplentes de políticos, etc, vítimas de toda essa violência inaceitável.

O que me espanta é me deparar com aberrações dessa natureza e que o caso seja tratado com leviandade, sem zelo, e que esse senhor continue exercendo função em seu gabinete, sorridente como na foto, e impunemente. Sim, porque em países como a Inglaterra, França, Itália, etc, se detectarem tamanha aberração, o infrator é chamado à frente do MP para responder por suas ações impensadas, por sua intempestividade, irresponsabilidade e leviandade, por estar fazendo apologia ao homicídio, dando a esta conduta bizarra, atroz e monstruosa, caráter de normalidade, quando na verdade isso nada tem de normal.Se o Brasil fosse um país sério e normal (mas infelizmente não é, e isso já sabemos desde os tempos em que Charles De Gaulle declarou publicamente que não somos um país sério), o seu assessor já teria sido denunciado às autoridades e devidamente processado.

Para finalizar, convém recordar que "liberdade de expressão" não é uma espécie de salvo-conduto para se espalhar por aí, leviana e irresponsavelmente, toda sorte de matusqueladas que nos vem à cabeça.

Tenha um bom dia, deputada! Passe bem.

Com elevados protestos de estima e consideração, me despeço, na certeza de que minhas palavras possam conduzi-la à razão.

Att.,

Fernando Antunes

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A violência no Brasil cresce de forma acelerada e sem controle. Cerca de 60.000 (sessenta mil) brasileiros são assassinados todos os anos, no país. Esse número supera o de mortes em países que enfrentam guerras, como a Líbia, o Iraque e o Afeganistão.

Recentemente, na festa de abertura do carnaval de rua do Rio de Janeiro teve correria e confronto de guardas municipais na Praia de Copacabana na noite de domingo (12/01/2020). A festa oficial de abertura do carnaval de rua da cidade atraiu 300 mil pessoas para shows de Preta Gil e Sandrá de Sá, e também para a eleição do Rei Momo. Quando os foliões já estavam indo embora, houve tumulto e correria. Guardas municipais e policiais militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Segundo relatos publicados em redes sociais, houve brigas e ARRASTÃO na areia após a apresentação do bloco. Assista no vídeo a seguir:



O QUE PODE SER FEITO PARA ACABAR COM TODA ESSA VIOLÊNCIA? 

O país assiste atônito à escalada do poder e à ousadia do crime "organizado". Tornam-se, cada vez mais corriqueiros, os episódios de violência com motivações pessoais ou sem sentido, com mulheres e crianças figurando como as principais vítimas dessa onda de terror que parece não ter data para terminar.
Pessoas comuns, apavoradas com a insegurança de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Vitôria, caminham armadas pelas ruas, aceitando provocações e sacando pistolas e revólveres, muitas vezes por motivos fúteis como discussões no trânsito, por uma vaga num shopping, briga entre vizinhos, e tantos outros dignos de cenas de filmes de faroeste. Questões que, no passado eram normalmente resolvidas com algumas palavras mais ásperas, elevação do tom de voz por parte dos mais exaltados, etc, hoje são resolvidas ''à bala'' numa onda crescente de violência, uma espiral de terror que parece não ter fim.

Se no passado, na pior das hipóteses, a coisa ía parar numa delegacia, com um tremendo bate-boca dos envolvidos e um delegado tentando colocar quentes na situação, hoje se desenvolve em cenas dantescas, com gente sendo assassinada por motivos fúteis.

Quando o Brasil ainda era um país melhor, de gente civilizada, que pensava, raciocinava, e não agia como feras acoadas em canto de parede, a coisa era resolvida de forma equilibrada e civilizada. A hipótese de que tudo terminasse em episódios de violência extrema era inadmissível. Os raros casos íam parar nas manchetes dos jornais, com os algozes detidos, julgados e encarcerados. Hoje basta o simples argumento da legítima defesa para liberar mais um anormal, violento e armado pelas ruas..

Recentemente, um vídeo que mostra essa escalada de violência que se espalhou pelo país, ganhou as manchetes dos jornais. Um policial, à paisana, depois de ter investido o automóvel de outra pessoa, continuou em seu caminho como se nada tivesse acontecido. Perseguido e interpelado em um posto de gasolina onde finalmente parou, acabou protagonizando, com o inteiro grupo, um bate-boca que descambou para a agressão. Um dos mais exaltados acabou quebrando o vidro do automóvel do policial que entrou no carro e sacou uma pistola. Mesmo sendo um policial — presume-se que deveria ser um profissional treinado e equilibrado — disparou sua arma por OITO vezes contra seus agressores desarmados. Repetindo: OITO vezes, ferindo mortalmente um deles.

Na delegacia, acompanhado de seu advogado, alegou LEGÍTIMA DEFESA e saiu livre para continuar por aí, um louco homicida com uma arma na mão, usando sua ferramenta de trabalho para resolver questões de ordem pessoal, assassinando transeuntes que deveria defender. O vídeo abaixo mostra as cenas lamentáveis do que vem ocorrendo no nosso país, vítima de uma inarrestável, desmesurada e crescente violência.


A assustadora explosão da violência no Brasil é justificada pelas autoridades por inúmeros problemas, mas estas mesmas autoridades a tratam com descaso. É frágil a segurança pública, com policiais despreparados e, em muitos casos, corruptos. 

Nosso sistema carcerário é ineficaz e temos ainda a conhecida impunidade que, apoiada por leis inadequadas à realidade, permite a assassinos como Champinha desfrutarem da liberdade como cidadãos comuns. No passado, a opinião pública tinha o tempo necessário entre um crime e outro para elevá-lo ao nível de atrocidade. Hoje, nem mesmo acabaram de assistir atônitos a mais um episódio de violência, se deparam com uma sucessão de atos de verdadeiro terror.

Foi assim há 30 anos, quando Doca Street assassinou a namorada Ângela Diniz, chocando o país. Agora, tudo é corriqueiro. A foto da mãe enfurecida com a cabeça do filho morto no colo em pleno centro do Rio de Janeiro impressionou, mas teve que ceder espaço para a imagem do assassino que cerrou ao meio uma empresária simplesmente por terem discutido por uma vaga de estacionamento. 
A impressão que nos dá é que tudo virou motivo para matar. E o pior é que nada mais parece chocar. 
Por que se mata tanto? Por que os governantes permanecem anestesiados e não reagem? Porque não afrontam o problema, dando prioridade à sua solução? O que a sociedade civil pode fazer para mudar esse cenário dantesco?.

ATENÇÃO: Prepare-se para o que você vai assistir agora, pois as cenas são chocantes. Se você é uma pessoa sensível, nosso conselho é NÃO ASSISTIR ao vídeo a seguir.


Que governos são esses que nem mesmo dão uma resposta, uma satisfação à população que parece dominada pelo medo!? Afinal de contas, quem são os assassinos de Celso Daniel e Toninho do PT?



RANKINGS DE VIDA E DE MORTE

Agora conheça os números da violência por grupos de 100.000 habitantes. Entre as cidades com mais de 300 mil almas, Serra (ES) é a mais perigosa. Note que mesmo aquelas tidas como menos violentas se encontram em níveis inaceitáveis.

MAIS VIOLENTAS

1º Serra (ES) - 97,62*
2º Olinda (PE) - 95,29
3º Cariacica (ES) - 91,99
4º Jaboatão dos Guararapes (PE)- 88,35
5º Diadema (SP)- 73,15
6º Duque de Caxias (RJ)- 69,62
7º Vila Velha (ES) - 69,31
8º Nova Iguaçu (RJ) - 68,54
9º São João de Meriti (RJ) - 67,65
10º Recife (PE)- 66,38

MENOS VIOLENTAS

1º Maringá (PR)- 7,94
2º Joinville (SC) - 8,03
3º Juiz de Fora (MG) - 8,16
4º Pelotas (RS)- 8,72
5º Franca (SP) - 8,83

* Os números dizem respeito ao total de assassinatos por ano para cada 100 mil habitantes.

O Brasil, em pouco tempo, passou da quarta posição de país mais violento do mundo, para a PRIMEIRA POSIÇÃO. Um recente relatório da ONU coloca o Brasil como o país onde mais são praticados assassinatos em todo mundo. Veja a tabela a baixo.



ATÉ QUANDO IREMSO SUPORTAR TUDO ISSO?



NORMOPATIA E DESCASO

O brasileiro parece ter se transformado em um NORMOPATA, esse triste e grave mal, essa letargia inexplicável, um doentio imobilismo, cruel apatia, verdadeiro espasmo psíquico, onde tudo parece aceitável e normal. Até mesmo as mais brutais degenerescências, as mais extravagantes aberrações (inclua-se nesta definição), nefastas excrescências, as mais atrozes violências, terríveis anomalias humanas são tidas como normais.
Observo por toda parte, em comentários nas redes sociais, um certo senso de indignação, descrença e perplexidade de todos frente à pobreza, violência, injustiça, corrupção, politicagem e outras mazelas sociais. Entretanto, nada de profundo e eficaz se faz para reverter esta situação de calamidade pública. Todos parecem vítimas silenciosas do governo omisso, da violência sem sentido e do regresso social. Por todos os lados impera o pacto da nulidade e da inoperância. 
Some-se a isso, o egoísmo e a crescente perversidade contra o próximo e contra os animais. Os brasileiros parecem estar perdendo o senso da compaixão e comunhão com o sofrimento alheio, com a prostituição de meninas e exploração infantil, com a exclusão social, com abate da floresta e dos cerrados, com a perda dos solos, a contaminação das águas e a destruição do meio. 
A brutal violência como essa que se pode assistir nos vídeos acima, diariamente estampada nos jornais, bate-papo de rua e nos programas de televisão, quando muito despertam apenas curiosidade, não mais espanto, nada de comiseração.
 
A normopatia parece ser uma doença contagiosa, provocada principalmente pela insensatez e ganância embutidos nos programas econômicos, na alternância estonteante dos padrões tecnológicos e nas violentas modificações dos paradigmas éticos e morais. Conseqüências mais imediatas e visíveis de seu quadro clínico são a falta de assistência aos necessitados, o terror das drogas, o empobrecimento dos assalariados e trabalhadores, e a BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA. 
Os veículos de propagação desse mal são as lideranças políticas e seus apaniguados, que traem os interesses da população (como o PT fez no governo anterior e como vem fazendo o atual governo). Vendem o patrimônio da nação e aderem cinicamente ao que chamam de "mercado internacional globalizante", quando na verdade estão vendendo a Pátria, de uma forma insensível, selvagem e humilhante, onde a ordem é tirar o máximo proveito da terra, mesmo que às custas da degradação ambiental, moral, dor, doença, violência, miséria e fome.
 
É triste assistir, impotente, à destruição de uma inteira nação, dos seus valores sociais e morais, da sua compaixão com o próximo, da sua benevolência, da perda do auto-controle.