Da privada de Marx ao piscinão de Ramos


Autor: Prof. Fernando Antunes

Numa bela manhã de inverno europeu, um alemão dava sua “derribada” matinal. Sentado na privada do seu barraco frio e húmido, em sua cabeça já fervilhavam as idéias mais miseráveis e cretinas, só concebidas por uma mente sórdida ou doentia. Provavelmente, quando ainda criança, no seu bercinho de “pau de lenha”, o alemão cagão estivesse com uma tremenda dor de barriga; e como sua mãe não escutava seu chororô, tentou sair sozinho do berço, caindo de ponta-cabeça no chão, o que provocou sua primeira diarréia mental. Ao que parece, tudo que estava na barriga, lhe subiu à cabeça.
Enquanto deitava barro abaixo e lia “Arquimedes”, num misto de alucinação e euforia, abriu a porta do banheiro, e correndo peladão pelo único cômodo do barraco gelado, gritou: “Mulher...cadê minha cueca”.

Fazia um frio do cacete, mas mesmo assim não havia quem convencesse o alemão a ficar em casa. “Preciso falar com meus “companheiros” !(essa merda de palavra já existia naquela época)...preciso dizer a todos que encontrei a solução para os nossos problemas.

Todos reunidos no mafuá dos alienados, Marx (era esse o nome do alemão maluco), começou a discursar sobre o que achava ser uma brilhante idéia.

- Companheiros, encontrei a solução para os nossos problemas.

Enquanto todos se contorciam de frio em seus bancos sem encosto, o alemão continuava na sua alienação:

- O problema do povo é a inveja !
- A inveja, camarada ? Perguntou um pateta.
- Sim ! A inveja, companheiro. O cidadão se revolta, se insurge e se lamenta por culpa da IN-VE-JA.
- E daí ? Indagou outro palerma alienado.
- E daí ? Ora !!! Basta tirarmos tudo dessa gente, colocando todos na merda total e eliminamos a inveja. Não teremos mais que nos preocupar com a revolta de um miserável que inveja a mercedes benz nova que o vizinho comprou. Já que não podemos nivelar todos por cima, então nivelamos todos por baixo, colocando-os na miséria total. Um apartamento frio e húmido num conjunto que mais parece um pombal surrealista, e bem perto de uma fábrica (acorda, toma café, vai prá fábrica...trabalha como um burro de carga...volta prá casa, dorme, acorda...toma café...vai prá fábrica...assim, não tem tempo nem prá pensar)... um carro que mais parece uma carroça para cada família...um par de sapatos que duram toda vida e uns trapos prá vestir...um salário suficiente para comer, gastar no mercado (que é nosso...tenho até o projeto para uma inteira rede)...limitamos o número de filhos para termos um controle satisfatório de toda população e prá não ter que gastar com muita gente. Damos uma boa educação a todos e um bom serviço de saúde para que continuem fortes e possam trabalhar até morrer.

- Você está propondo usar toda grana que amealhamos durante todos estes anos e dar prá essa gente miserável ? Perguntou outro tapado.

- Não disse isso ! Estamos fazendo um investimento, companheiro. Fazemos com que todos pensem que nós também estamos na merda. Poderemos meter a mão em tudo, roubar prá cacete, e ninguém irá reclamar. Andamos na mesma carroça e vivemos no mesmo pombal, mas teremos uma conta gorda na Suiça e poderemos passear onde bem entendermos com nossas famílias, gastando a grana dessa gente otária... e podemos até levar as nossas amantes, companheiro.

- Entendi ! Mas como fica o problema das mulheres ? Um cidadão pode continuar invejando o outro, achando que a mulher do vizinho é mais bonita, mais gostosa.

- Companheiro ! Não teremos esse problema nesse canto frio e perdido da Alemanha, por que aqui só tem dragão.

Engavetaram a idéia do alemão maluco, mas o livrinho com suas anotações passou a girar por aí, terminando por cair nas mãos de um esquizofrênico que interpretou as idéias do alemão cagão à sua maneira e quando sofreu forte oposição dos hebreus, resolveu mandar matar todo mundo.

Na Rússia, o livrinho foi parar nas mãos do “genocida satiríaco”. Como lá só tem mulher bonita, o maldito mandou executar quase toda população masculina. Dizem que ficou tão impressionado com a beleza das mulheres dos oficiais poloneses, que acabou deixando o exército sem comando, já que matou quase todos...só quem era casado com jaburu, sobreviveu. Tomou a mulherada na marra e fez a sua versão pessoal de harém no bordel da praça vermelha.

No Brasil, dizem que o livrinho foi parar nas mãos do primata financista fracassado Mercadante. Como o sujeito é incompetente, mas não é burro, usou o testa de mula como bode expiatório, colocando-o na presidência. Foi fácil convencer a jamanta futura primeira dama, acenando com a possibilidade de um cartaozinho, como fazem com banana prá macaco faminto. Desse jeito, enquanto o “pateta alegre inocente útil” recebe toda carga de acusações por toda patifaria contida no famigerado livrinho, Mercadante e seus amigos Caralheiros e Collorido, passeiam alegremente, almoçam no clube federal, regados a Moët & Chandon e Dom Pérignon, e transam com todas as prostitutas do planalto, inclusive as do MAPA.

No Rio de Janeiro, uma cópia do livrinho foi parar nas mãos de governadores e prefeitos que praticamente destruíram uma das cidades mais belas do mundo. Ao que tudo indica, o livrinho do alemão cagão ainda anda por aí. Na cidade, ex-maravilhosa, até construíram um monumento às suas infelizes idéias. Pelo menos é o que parece, ao colocarem em Ramos aquela privada a que chamam piscinão.