Eu não sou a sua namoradinha!


Ninguém, se importa quando índios são assassinados. Na verdade, os condenados até hoje, inexplicavelmente, são os indígenas, não os assassinos”. 
Ninguém se importa quando milhares de hectares de mata virgem, de floresta na Amazônia e no Pantanal, são abatidos para dar lucro a um punhado de maus brasileiros. Quem lucra com isso? Certamente não a nação, não os brasileiros que, estranhamente, continuam a dar suporte a esse mau governo. Dos 74 assassinatos de indígenas ocorridos no Brasil até o momento, 42 vítimas (60% do total) eram do povo Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do Conselho Indígenista Missionário (Cimi). Ninguém foi condenado!. 

A falta de espaço faz com que os conflitos fiquem mais acirrados, tanto por partes dos fazendeiros que  massacram homens, mulheres e crianças, indiscriminadamente, quanto entre os próprios indígenas que não tem alternativa de trabalho, de renda, de educação. Os legítimos herdeiros dessa terra, estão amontoados em pequenos acampamentos.


A população Guarani Kaiowá é composta por mais de 44,5 mil. Desse total, mais de 23,3 mil estão concentrados em três terras indígenas (Dourados, Amambaí e Caarapó), demarcadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (criado em 1910 e, pasmem, extinto em 1967 pelo regime militar), que juntas atingem apenas 10.000 hectares de terra, dados como esmola a um povo que antes era dono de todo o terrítório. Isso enquanto os fazendeiros, muitos dos quais ocuparam irregularmente as terras, esparramam-se confortavelmente por centenas de milhares de hectares. 

O governo não tem sido competente para agilizar a demarcação de terras e vem sofrendo pressões até da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Mesmo em áreas já homologadas, os fazendeiros-grileiros-invasores se negam a sair, fato semelhante ao que ocorreu com a Raposa Serra do Sol.


A atriz global, pecuarista e dona de matadouro, Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), disse que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado. Diversos políticos e famosos são proprietários de fazendas na área em conflito. Ratinho, Ronaldo Caiado. a atual ministra da agricultura, a falecida Hebe Camargo e Regina Duarte estam nessa lista. 

No Mato grosso do Sul, a atriz é a “Garota Propaganda” em campanhas contra indígenas”. Ela lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas, participando de comicios contra as demarcações e contra os povos indígenas em todo Brasil. Em seus discursos onde não dispensa a dramatização que encenava nas novelas das quais participou, é praticamente uma formadora de opinião, induzindo fazendeiros a promoverem um massacre nas aldeias.


NAMORADEIRA DO BRASIL

"Embora tenha tido atitudes de vanguarda, sempre fui e continuo conservadora", disse a atriz recentemente, em uma entrevista. Contudo, a sua vida pessoal não corersponde àquilo que afirma, já que de conservadora, devota à família, não tem absolutamente nada. 

Regina foi casada entre 1969 e 1975 com o engenheiro Marcos Flávio Franco Cunha, com quem teve dois filhos, o diretor André Duarte (1970) e a atriz Gabriela Duarte (1974). Em 1976 começou a namorar o diretor Daniel Filho, com quem foi casada entre 1978 e 1979. Entre 1980 e 1982, outro namorado, o publicitário argentino Daniel Gómez, com quem teve seu terceiro filho, o cineasta João Gomez. Em 1983 se casou com o diretor Del Rangel, permanecendo até 1995. Em 2000 começou a namorar o fazendeiro Eduardo Lippincott, com quem mantém uma união estável desde então. Foi a partir deste último relacionamento, que a atriz passou a se engajar no sistemático combate aos indígenas, considerados pelos pecuaristas e pelo chefe do gabinete de segurança do Planalto, General Heleno, como um problema que deve ser removido.


REGINA POLÊMICA

Nas eleições de 1985 para prefeito de São Paulo, ao apoiar Fernando Henrique Cardoso, a atriz Regina Duarte gravou um comercial pedindo a união da esquerda para combater o então candidato conservador Jânio Quadros.

Em fevereiro de 2016, durante pré-campanha para prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) postou uma foto com Regina no Twitter, dizendo que ela era "amiga de uma vida inteira".

Regina Duarte apoiou publicamente os ruralistas, na questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no Estado de São Paulo. Ela e o marido, Eduardo Lippincott, são criadores de gado da raça Brahman, em Barretos, na região de Ribeirão Preto, no norte de São Paulo.


FIDEL CASTRO

Circula nas redes uma foto de Regina Duarte, ao lado de Daniel Filho, com quem foi casada, e de Fidel Castro (1926-2016). O ator José de Abreu foi um dos que publicaram a foto em seu perfil do Instagram.


Ao jornal F5, da Folha de S.Paulo, em maio do ano passado, Daniel Filho disse não entender "a mudança dela para a direita". "Regina e eu fomos juntos para Cuba, e fomos recebidos pelo próprio Fidel Castro [...]", disse ele ao jornal.

"Simplesmente não entendo. Compreendo que não tem o porquê de as pessoas serem firmes para sempre, mas não entendo essa mudança dela para a direita, assim dessa forma. Ela era de esquerda mesmo, eu continuo [sendo de esquerda]", afirmou.